Às 8h30, acontece colóquio com José Graziano, diretor-geral da FAO, o governador gaúcho, Tarso Genro, e o presidente da Contag, Alberto Broch. Haverá transmissão pela internet. Às 9h, começa o Fórum Mundial de Educação. Às 15h, tem início a concentração para a marcha. Apresentações musicais começam às 19h, no Anfiteatro Pôr-do-sol.
Marcel Gomes
Porto Alegre - A cinco meses do início da Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável marcada para o Rio de Janeiro, as organizações envolvidas com o processo do Fórum Social Mundial darão início, nesta terça-feira (24), a uma edição do encontro especialmente voltada para as discussões sobre a crise financeira e o debate ambiental.
O Fórum Social Temático 2012 acontence entre 24 e 29 de janeiro em Porto Alegre, tradicional sede do encontro, e outros três municípios da região metropolitana - Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo. Sem pretensão de ser uma reunião global, o FST receberá, mesmo assim, centenas de entrangeiros. A presidenta Dilma Rousseff também virá, ao lado de sete ministros, para atividades sobre a crise internacional, o combate à pobreza e a Rio+20.
O Fórum Temático terá 900 atividades, entre palestras, oficinas, seminários e apresentações artísticas. O ponta pé inicial ocorre às 8h30 desta terça-feira (24), com uma palestra de José Graziano, recém-empossado diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), no Palácio Piratini.
A atividade se insere no colóquio "A importância da sociedade civil para a Segurança Alimentar e Nutricional", que contará com a participação, entre outros, do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch. Haverá transmissão ao vivo pela internet.
Ainda pela manhã, terá início o Fórum Mundial de Educação, que ocorre paralelamente ao Fórum Temático. A mesa de abertura, sobre os impactos da "crise capitalista sobre o mundo da educação", ocorre a partir das 9 horas em espaço da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Participam, entre outros, Aminata Diallo Boly (Icae, Burkina Faso), Pablo Gentili (Flacso, Argentina/Brasil) e Nélida Cespedes (Ceaal, Peru).
Um dos eventos mais aguardados do Fórum Mundial de Educação ocorrerá no dia 27, quando acontece um debate entre a militante estudantil chilena Camila Vallejo, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos e a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos).
Na tarde de terça-feira, a partir das 15 horas, começa a concentração popular para a marcha de abertura do Fórum Temático, na frente do prédio da Prefeitura de Porto Alegre. A marcha partirá às 17 horas pela avenida Borges de Medeiros, em direção ao palco do Anfiteatro Pôr-do-sol, às margens do Guaíba. Às 19 horas, têm início as apresentações culturais, com diversos grupos musicais, entre eles a banda de reagge Tribo de Jah.
O credenciamento dos participantes estará aberto desde às 13 horas de terça-feira, no Armazém 6 do Cais do Porto. Deve-se levar um documento de identificação com foto e o comprovante de depósito ou transferência do valor da inscrição, de R$ 20. Quem não fez o pagamento por via bancária poderá realizá-lo apenas em dinheiro no momento do credenciamento.
O Fórum Social Temático 2012 acontence entre 24 e 29 de janeiro em Porto Alegre, tradicional sede do encontro, e outros três municípios da região metropolitana - Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo. Sem pretensão de ser uma reunião global, o FST receberá, mesmo assim, centenas de entrangeiros. A presidenta Dilma Rousseff também virá, ao lado de sete ministros, para atividades sobre a crise internacional, o combate à pobreza e a Rio+20.
O Fórum Temático terá 900 atividades, entre palestras, oficinas, seminários e apresentações artísticas. O ponta pé inicial ocorre às 8h30 desta terça-feira (24), com uma palestra de José Graziano, recém-empossado diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), no Palácio Piratini.
A atividade se insere no colóquio "A importância da sociedade civil para a Segurança Alimentar e Nutricional", que contará com a participação, entre outros, do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch. Haverá transmissão ao vivo pela internet.
Ainda pela manhã, terá início o Fórum Mundial de Educação, que ocorre paralelamente ao Fórum Temático. A mesa de abertura, sobre os impactos da "crise capitalista sobre o mundo da educação", ocorre a partir das 9 horas em espaço da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Participam, entre outros, Aminata Diallo Boly (Icae, Burkina Faso), Pablo Gentili (Flacso, Argentina/Brasil) e Nélida Cespedes (Ceaal, Peru).
Um dos eventos mais aguardados do Fórum Mundial de Educação ocorrerá no dia 27, quando acontece um debate entre a militante estudantil chilena Camila Vallejo, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos e a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos).
Na tarde de terça-feira, a partir das 15 horas, começa a concentração popular para a marcha de abertura do Fórum Temático, na frente do prédio da Prefeitura de Porto Alegre. A marcha partirá às 17 horas pela avenida Borges de Medeiros, em direção ao palco do Anfiteatro Pôr-do-sol, às margens do Guaíba. Às 19 horas, têm início as apresentações culturais, com diversos grupos musicais, entre eles a banda de reagge Tribo de Jah.
O credenciamento dos participantes estará aberto desde às 13 horas de terça-feira, no Armazém 6 do Cais do Porto. Deve-se levar um documento de identificação com foto e o comprovante de depósito ou transferência do valor da inscrição, de R$ 20. Quem não fez o pagamento por via bancária poderá realizá-lo apenas em dinheiro no momento do credenciamento.
Porto Alegre - Nem todos os visitantes do Jardim Botânico de Porto Alegre perceberam, mas aquele grupo sentado em rodinhas de quatro ou cinco pessoas estava participando de uma das primeiras atividades do Fórum Social Temático 2012. Se o FST só inicia oficialmente na próxima terça-feira, 24, diversos eventos já antecipam a mobilização nas quatro cidades onde encontro vai ocorrer (Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo).
Proposto pela Retrans (Rede Transcultural Holista), o encontro batizado de Vozes, nesse sábado, 21, perguntou: “Por que falamos de crise capitalista e justiça social e ambiental?”. Eduardo Cezimbra, um dos organizadores da atividade, conta o que ela tinha de diferente: “Aqui ninguém veio para ouvir algum super-entendido falar. Aqui todos vieram escutar e falar também”.
Por isso, na parte da manhã, os cerca de 60 participantes do Vozes formaram uma escultura viva no formato de uma orelha, que se tornou uma espécie de palco para que todos se expressassem. “Tivemos dança, poesia, música”, conta Cezimbra.
O arte-educador popular Dan Baron, 54, foi o facilitador do Vozes, apesar de ele mesmo não gostar desse rótulo: “É tudo uma produção coletiva. Nós apenas fazemos a pergunta certa para iniciar o processo”. Nascido no País de Gales, Baron mora desde 1998 no Brasil e atualmente vive em Marabá, no Pará. Ele explica a função do evento: “A idéia é criar um ambiente de confiança para que as pessoas se integrem”. Buscando essa integração baseada na confiança, depois das atividades da manhã e do almoço, os participantes se dividiram em grupos para trocar experiências.
Já integrados, se reuniram em uma grande roda e, depois de uma canção, sentaram-se para a parte final do Vozes. Dan pediu a palavra e sugeriu: “Que tal se cada um contasse seu projeto para 2012, mas para isso usasse o intervalo de uma respiração?”. Um a um, os participantes falaram. Coube à filha de Eduardo Cezimbra, Flora sintetizar o espírito do encontro: “Meu objetivo é reconhecer dentro de mim todos os seres da terra”, disse a jovem, saudada com os aplausos do Vozes, que eram as mãos para cima abanando. Nada de palmas.
Para finalizar, Cezimbra contou uma história, também do tamanho de uma respiração e também um chamado: “Encontrei um homem que uma vez me apontou uma plantinha no chão e me pediu que cuidasse dela, para que pudesse se tornar uma frondosa árvore”.
Quando acabou, ninguém foi embora, mas ao invés disso pegaram canetas e papeis para anotar os contatos dos demais participantes, guiados apenas pela afinidade entre todos. Cezimbra finalizou: “Quase ninguém aqui se conhecia, mas tecemos redes juntos e agora somos parte de uma comunidade. Esse é o ponto máximo do que planejávamos para o Vozes. Excedemos em muito o que queríamos”.
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